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Ex Prefeito de Chopinzinho Vanderlei Crestani é condenado a 39 anos de prisão pela Operação Higia em Pato Branco

Postado em 14/06/2022 por

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*Fonte imagem : Arquivo*


A partir de denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Justiça condenou dois ex-agentes públicos do Município de Pato Branco, no Sudoeste do estado, por crimes de peculato apurados no âmbito da Operação Hígia.

Segundo informações, em uma sentença fundamentada em 62 páginas, o juiz da Vara Criminal de Pato Branco, Dr Eduardo Faoro condenou os réus Vanderlei Crestani à época dos fatos Secretário de Administração da Prefeitura de Pato Branco, e Ademir Vendrusculo, Diretor do Departamento de Iluminação da Prefeitura de Pato Branco, e absolveu por falta de provas os réus Frederico Pimpão, então Secretário de Obras e Osmar Braun Sobrinho, então Secretário de Desenvolvimento Econômico. A sentença integra uma das ações penais oriundas na operação que ficou conhecida como “Operação Higia” em Pato Branco.

De acordo com as investigações, os dois réus – agora condenados –, enquanto estiveram à frente dos cargos públicos, desviaram valores do erário por meio da emissão de notas fiscais de produtos relacionados à iluminação pública. A partir dos atos ilícitos, o Município de Pato Branco efetuou pagamentos sem a entrega dos produtos.

O juiz na sentença de primeiro grau, considerou culpados Vanderlei Crestani, condenando-o pelo crime de Peculato, descrito no Código Penal em seu artigo 312, que prevê multa de dois a doze anos de prisão e multa. O ex secretário de administração de Pato Branco foi condenado por noves vezes pelo crime de peculato, resultando em uma pena de 39 anos de prisão em regime fechado. Isso em razão de que os crimes foram praticados em concurso formal, na forma do artigo 69 do Código Penal, e por isso devem ser as penas somadas. Crestani foi condenado ainda a multa pecuniária de R$ 441.121,55. No caso de Ademir Vendrusculo, a condenação foi por quatro vezes o crime de peculato somando 14 anos e cinco meses de prisão, e multa pecuniária R$ 221.121,55. As multas serão revertidas para indenizar os prejuízos aos cofres públicos, corrigidas monetariamente na origem.

Os réus Frederico Pimpão e Osmar Braun Sobrinho foram absolvidos por falta de provas de participação nos atos de desvio do dinheiro público. A sentença é a terceira relativa aos fatos apurados na Operação Hígia, a partir da qual tramitam outros inquéritos policiais atualmente em andamento no Núcleo de Francisco Beltrão do Gaeco.

A decisão de primeiro grau admite ainda recurso e não transitou em julgado, e por essa razão não foram expedidos os mandados de prisão para Vanderlei Crestani e Ademir Vendrusculo.

O Promotor de Justiça Tiago Vacari comentou os fatos apurados e a importância da decisão:

Promotor de Justiça Tiago Vacari

Redação Rádio Pirâmide FM 99,1

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